Solidão II

Estação do metrô.

Multidão.

Gente que vai e vem...

Rostos sem nomes.

Formigueiro pulsando pela sobrevivência.

Terno e gravata: Espelho do meu rosto.

Traje da minha alma.

A grife dos meus óculos é conhecida;

tristeza é seu nome!

Olho nos olhos de cada um.

Não reconheço ninguém.

Ninguém me conhece.

Presente, passado e futuro.

O coração pulsa forte.

Como se quisesse falar.

Passa desapercebido.

Choro baixinho, sem única lágrima.

Fico numa estação qualquer.

Eles se vão, todos... Estou só.

Aparentemente vivo.

Por dentro: esmagado pelo

Metrô da civilização...

jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 12/01/2024
Reeditado em 12/01/2024
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