PROCUREI E ENCONTREI O AMOR

 

 

Fracassa-me a verve para que se expire este sopro que me toma o ser de rompante. E troco a vontade por uma paz que não existe, sensualmente estranha, só porque o desengano também se finge… Inquieta-me este desejo de inquietude, onde o corpo me leva porta fora nessa trovoada de espírito explosivo, á solta, sem medos nem freio, capaz de me deitar em qualquer canto, por uma causa muito menor que a julgada... Neste mês aqui no Farol que passei somente te lendo sem nada comentar ou até mesmo postar. Refugiando-me na tranquilidade dos lençóis, hoje muito pouco tranquilos. Invoco qualquer motivo que me justifique o tamanho encantamento, matando assim esta louca vontade á nascença, porque senão a partir de agora seria sempre tudo aquilo que não queria ser, mas ao te ler e te conhecer... As suas palavras escorregam-me como um ciclone louco que ora me arrasta, ora me mostra dimensões além da pele. Assaltam-me os verbos em agonia como se me maltratassem docemente para me tirar do estado quase insano e brutal em que me encontro... Não sei se fico, não sei se vou, e nestas alturas sou como estes desejos que me atravessam bruscamente a mente: Sinto a ânsia à velocidade de um raio de luz, sinto que tenho de parar e não posso, é tudo ambíguo, carnal e insano. Acabo por negar o legado selvagem e seguir o extremo, tal como no resto da forma como conduzo a minha vida... Vou de todas as formas possíveis e justas tentar te conquistar. Encontrei finalmente o que a muito procurava e foi aqui no recanto que tua essência me surgiu... Já te amo e nem sabes que existo.

 

 

Escrito em 26/01/2023