ESCRITO 34
ESCRITO 34
Dizem que sou louco.
Que minto.
Que finjo.
Como um poeta que lê Maiakovski, transfigurado pela dor do existir.
Ou o não existir. O inválido.
O desacreditado de que tudo valeria a pena,
Como se não fosse a dor do próprio EU.
Ou o incontido naquilo que já não o é.
Eis-me aqui diante da loucura,
Por ser ela o meu sentido.
O meu existir.
E nesse turbilhão de sentimentos vãos,
Torno-me cada dia mais louco,
Ou o que está atento a própria loucura,
Chamada de VIDA.