ESCRITO 34

ESCRITO 34

Dizem que sou louco.

Que minto.

Que finjo.

Como um poeta que lê Maiakovski, transfigurado pela dor do existir.

Ou o não existir. O inválido.

O desacreditado de que tudo valeria a pena,

Como se não fosse a dor do próprio EU.

Ou o incontido naquilo que já não o é.

Eis-me aqui diante da loucura,

Por ser ela o meu sentido.

O meu existir.

E nesse turbilhão de sentimentos vãos,

Torno-me cada dia mais louco,

Ou o que está atento a própria loucura,

Chamada de VIDA.

ginaldo
Enviado por ginaldo em 24/01/2024
Código do texto: T7983663
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