A BANALIDADE DO ACTO
Nos apercebemos que este fino cordão – a esperança – é a única coisa que nos segura aqui, como fantoches suspensos no ar. Que a vida é complicada – já há tempos que não é “perigosa” – que há problemas demais para resolver, e tanta burocracia… Dependendo daquele e de outro episódio de mania do espírito, alternando entre constância-inconstância do nosso desamparo aprendido… Que a ordem do dia é “seguir em frente” entre caras sorrindo, caras sombrias, caras revoltadas… São todas iguais para nós, publicidade da esperança. Então, um dia, decidimos apenas fechar aquela porta; cessamos essa nossa insistência nesse papel cômico-reconfortante; desistimos de resistir – essa dureza em nossos corações, essa morte lenta. Sem grandes resoluções, extras-sentidos; sem fés… “Imensa anomia”, “fantasma adeus”, “infinito”, “esquecimento”, qualquer eco…