sem sinal

Tenho a impressão que nunca te verei novamente, pelo menos não como te vejo agora. O calendário não é a única coisa que muda de um ano para o outro, a distância bate na minha porta e me empurra logo em seguida. Estou me acostumando a estar ausente no seu horizonte, já não faço parte do seu café da manhã e muito menos dos seus bocejos. Estou viajando através de um abraço, transmitindo alguma frequência nas antenas da minha paixão, mas continuo sem sinal, mesmo quando seguro sua mão.