Cinzas...
Hoje serei leve,
como bruma no oceano.
Silenciosa e fria,
água de um profundo engano.
Serei a ausência de gestos,
a rocha mais velha do mundo.
Serei prova de incesto,
por puro desejo insano.
Hoje serei mortalha,
escondendo sonhos imundos.
Serei o triste espantalho,
no asfalto do submundo.
Serei restos de cinza,
de devaneios profanos.
Serei a dor disfarçada
de todos os meus enganos !!!
Muito obrigada, poeta Joaquim Veríssimo Ferreira Filho !
Fui tronco de jatobá
Braseiro igual a crisol
Fui camelo danado nó
E Rocha de fundo de mar
Serei cinza, serei pó!
Muito Obrigada, poeta Luís Xavier.
Os versos jorram fecundos.
As rimas vêm aos montes,
São sentimentos profundos,
Nascidos das mesmas fontes.
Releitura 2006
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