Em dias como hoje, passeio os olhos pelas marcas que o tempo deixou na pele.
Lembro de como cada uma foi impressa.
Há sinais, quase imperceptíveis, a não ser para mim mesma,
que me fazem sorrir!
Estranhas misturas de alegria e tristeza.

Há outros, bem visíveis,
dos ideais realizados ou não,
da vida, perseguida no que tem de paralelo com os sonhos,
vivida com a garra de quem crê,
bendita pelos instantes felizes,
maldita pelas sofrências,
mas acima de tudo,
da vida...

Respirar...
Existir...
Ser...

Poder tremer com emoções,
ter medo,
sorrir por entre lágrimas,
poder chorar, percebendo o arco-íris que o sol da esperança produz nos olhos.

Orgulho-me, então.
Dos acertos, dividi as consequências.
Dos erros, saquei lições.
Das alegrias, foram-me facultadas,
as mais importantes.

Plantei uma árvore.
Tive um filho.
Escrevi.

Enfim, vivi!