O ARQUITETO DO INFERNO

Por que me tomas a sevicia

Se se lima o sublime contrato

A um tomo do éden prásino?

Atenuas pelo visto nutrido

Perpetua-se ao catre putrefato

Ladram bactérias e ilusões.

Por sofrer assaz, há rejeito

A lida o emancipa ledo

Ao ilustre mestre o descaso.

Que haja peito donde brota a cicuta

Lava perfilha e entumece os sonhos

Sangra fleimão, sangra!

Não lastimarei desonra minha ao reflexo

Sem Narciso, ser preciso

Grilhões ser-me-ão moldados...

Sob medida.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/05/2024
Reeditado em 07/05/2024
Código do texto: T8058518
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