Vandalismo
Carrego meu coração quebrado
para a cama todas as noites.
Das pedradas que o destruíram,
nenhuma delas foi atirada
pelas mãos do ódio.
Com isso, sinto que o amor
ainda se deita ao meu lado,
colando caco por caco
enquanto durmo.
Mas quando desperto,
antes mesmo do
nascer do sol,
a lembrança dela chega
célere e impiedosa,
munindo a saudade
com pedras afiadas.
E eu tenho que aguentar
mais um dia de vandalismo.