Receios do mar

Já fui um mar revolto...

Com ondas gigantescas, a se quebrantar...

Nas frágeis areias finas da sensibilidade, a acalMAR...

Um mar medonho...

Provocava medo e receio

Em quem quisesse nadar...

Já fui um mar em fúria:

Com ondas constantes

De tirar o fôlego!...

Deixei muitos a naufragar...

Sem saber nadar, não se desafia o mar...

Não sobreviveram a intensidade das minhas águas...

Já fui um mar calmo:

Poucos se dispuseram a remar

Preferindo subestimar...

Já fui mar

Já fui de Amar

Já fui de acalMAR

Ofertei amor

Recebi aMARgura

Mas em qual MAR

Acharia a cura?

aMAR cura?

Se cura, tem que aMARgurar e a face salgar?

O MAR que meus olhos tendem a permutar e a transportar, teme se derramar por qualquer mar...

Há de se deleitar!...fluindo em seu breve cursar...

Continuo sendo mar!...

Mas com receio de afogar

Em maré alta(EGO)

Em maré de azar(leviano)

Desconheço outros mares...

Busco águas compatíveis

Para um só mar, tornar...

Porque de todos os males

O pior, é não poder transbordar...

Fênix Arte
Enviado por Fênix Arte em 19/05/2024
Código do texto: T8066312
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