memória festiva

Milhões de filmes não premeditaram a cinematografia do seu olhar. O pijama vestiu seu sono e escalou um telhado só para assistir ao dia nascer. Fotografia digna de uma cena de abertura panorâmica, o campo se alongava diante dos seus inúmeros bocejos e a bruma morria na inevitabilidade do silêncio. A memória festiva atingia o horizonte como relâmpagos que não param de chover. Você abre um, dois, três presentes e não sabe se o próxima irá te surpreender mais que o anterior, então você descansa, tira um tempinho para contemplar as luzes que abraçam a árvore de Natal, depois você corre pela cerâmica até a cozinha na esperança que o almoço esteja pronto, e se ele não estiver, você terá que lidar com aquele pensamento de efemeridade preenchendo as horas…