O TROPEÇO
O TROPEÇO
Não tropeço hoje, em pedras caídas
Ando mesmo assim, em obsessão
Descaminho pelas montanhas e vales
Mas, com o pensamento preso
E na atenção, para não tropeçar
Nos grandes ou pequenos pedregulhos.
Resta-me com todo cuidado
Elevo os meus olhos
Num grande percurso
Sempre avante, mas na escuridão
Mesmo com os pequenos obstáculos
Procuro ser sincero
Pois, a pisada meio sem jeito
Sei que na verdade, irei sangrar e sentir dor
E é onde vou me precaver
Para não deixar acontecer
Com os meus pés, um tropeço
Após ele, só o zangado
Por isso ter acontecido
Pensamentos elucidados
Aborrecido e tristonho
Queixa-se, reclamas e devoras
Contudo cura-se, regenere-se
Mais não se aborrece com a pedra
Pois, ela não tem culpa
Pelo seu tropeção
Inclusive, por que culpá-la!
Onde, a mesma está parada e imóvel
Então, cuide-se, observe, cuidado
Olha o tropeço, zele pela pequena pedrinha
Pois ela é inerte, inocente e inócua.