O TROPEÇO

O TROPEÇO

Não tropeço hoje, em pedras caídas

Ando mesmo assim, em obsessão

Descaminho pelas montanhas e vales

Mas, com o pensamento preso

E na atenção, para não tropeçar

Nos grandes ou pequenos pedregulhos.

Resta-me com todo cuidado

Elevo os meus olhos

Num grande percurso

Sempre avante, mas na escuridão

Mesmo com os pequenos obstáculos

Procuro ser sincero

Pois, a pisada meio sem jeito

Sei que na verdade, irei sangrar e sentir dor

E é onde vou me precaver

Para não deixar acontecer

Com os meus pés, um tropeço

Após ele, só o zangado

Por isso ter acontecido

Pensamentos elucidados

Aborrecido e tristonho

Queixa-se, reclamas e devoras

Contudo cura-se, regenere-se

Mais não se aborrece com a pedra

Pois, ela não tem culpa

Pelo seu tropeção

Inclusive, por que culpá-la!

Onde, a mesma está parada e imóvel

Então, cuide-se, observe, cuidado

Olha o tropeço, zele pela pequena pedrinha

Pois ela é inerte, inocente e inócua.

borgesmilagres
Enviado por borgesmilagres em 07/01/2008
Código do texto: T806938