CORDA BAMBA
CORDA BAMBA
Na corda bamba da vida,
Cada um representa seu papel,
Equilibrando-se por todo lado,
Para comprar roupa e comida.
Quando se consegue o peso médio,
Para o estômago e a nudez,
Quase sempre aparece algo,
Que precisa de remédio.
Agora tudo está medido,
A lógica é claro conduz,
Apertar um pouco o cinto,
Para pagar a conta da luz.
Depois de novo aperto,
Tudo parece acertado,
Eis quando a roupa enxágua,
Lembra-se da conta de água.
Meu Deus que desespero,
O dinheiro sai pela fenda,
Novo aperto deve-se dar,
Falta o Imposto de Renda.
Alguns mais afortunados,
Por certo não tem igual,
Tem ainda mais um imposto,
Aquele que chamam de predial.
Os que não têm o predial,
Sentem-se no extermínio,
Pois além de pagar o aluguel,
Ainda pagam o condomínio.
Depois de pago tudo isso,
Fica-se louco da vida,
Nada se deve, tudo está pago,
Mas onde está a comida?
JOSE BENEDETTI NETTO