Abraço

Cerca-me com abraços, há dentro desse laço apertado uma necessidade imensa de sentir o calor não só do corpo, mas da alma...

Cerca meu corpo com braços firmes, guarda-me em silêncio dentro desse abraço que tanto diz ao meu corpo, à minha alma atribulada...

Deixa que eu mergulhe por inteiro dentro desse abraço, sem perguntas...

Deixa que eu cerre o olhos e só sinta o pulsar dos nossos corações, que eu sinta o sangue correr agitado... acolhe-me, até que eu fique em paz.

Que eu perceba na pele a irrigação dos vasos e de olhos fechados perceba o riso feliz nos nossos lábios emudecidos...

Mesmo que quisesse explicar a magia e o sentimento que inunda-me nessa hora, não encontraria palavras...e para que explicar, se é só mesmo pra sentir...

O mundo para nesse abraço, nem os ponteiros importam, tudo fica dispensável diante da infinidade que se eterniza nesses poucos instantes...

Que tudo mais espere; enquanto eu permanecer contida entre esses braços, a vida fica solta, as almas também se estreitam como os corpos, em pactos silentes...navegam as emoções num mundo de segundos preciosos...

Fecha os olhos e me abraça novamente...sinta minha vida aportada no seu regaço...sinta a minha vida menina sorrindo, sabendo-se amada sem censura, sem questionamentos...sinta minha alma passarinha reconhecendo a doçura do ninho...

Fecha os olhos e deixa que eu voe nessa hora, presa nos seus braços, para ganhar o mundo com a liberdade que ninguém pode me tomar...

Fecha os olhos e sinta-me...estarei dentro do seu abraço sempre que fechar os braços ao redor do seu corpo...sei que vai me buscar dentro deles...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 05/12/2005
Código do texto: T81082
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.