UM TOLO, MAS UM POETA...
Um tolo, mas um poeta...
Foi estranho e curioso.
Mas me senti entrando na tua sala em meio a uma festa para a qual não havia sido convidado.
Sentei num cantinho e por umas duas ou tres vezes, voce passou para me oferecer salgadinhos e refrigerantes e depois se perdeu entre convidados mais importantes... Eu, meio constrangido achei uma caneta e um papel e rabisquei uns versos, antes de sair. Fui como havia chegado... completamente despercebido, totalmente esquecido. Mas em cima da mesinha de canto ficaram os versos, que possivelmente estará no lixo, juntamente com as sobras da festa. Se leres, acharás engraçadinho, tentando lembrar quem era aquele cara que sentou ali no cantinho. Eis os versos:
Quero ser tua insanidade
Mergulhar na santidade
Da meiguice desse olhar
Me perder em desatino
Ser o dono do destino
Simplesmente te amar
Boca que provoca desejos
Convidando a muitos beijos
Sussurrando tentações
Pele quente e sensual
Me queimando, visceral
Explorando emoções
Estou olhando teu rosto
Imaginando o teu gosto
Sentindo a tua presença
Ouso querer-te assim
Inteirinha só prá mim
Linda, meiga e intensa
Quero amar-te debaixo de chuva
Colado em ti feito luva
Bebendo o teu prazer
Me perder no teu universo
Te encontrar em outro verso
E então desfalecer...
É a vida...Como diria o poeta... É bonita e é bonita...
“ Eu me sinto um tolo, como um viajante pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia...” Ney Matogrosso