Torpor
reginaLU

O sol escaldante,castiga-me a pele.
Caminho sem destino, solitária e vazia.
Lembranças antigas chegando em torrente.

Choro!
O pranto em nada diminui a mágoa.
Tantos passam por mim e não vejo ninguém.

Suspiro!
Na boca que antes sorria e cantava,
apenas há vincos que o tempo escreveu.

Divago!
Se viajo ao passado
quando havia um amor,
só espectro vejo daquela que fui.

Me calo!
O silêncio é palpável,
a angústia atormenta:
solidão, desamor...
E derrete-se o ânimo, nesta imensa dor.

Já não há mais encantos,
ou poesia na alma...

Torpor! 
só lágrimas...
evaporando...
no imenso calor!

São Paulo/SP
14/01/2008