E O DIA ME DISSE

Madrugada...

Da minha janela olho triste para as estrelas.

Sei que vão deixar de brilhar, sumir por horas.

Durante essas horas estarei só, sem o brilho de teus olhos.

Já não gosto do dia... ele é tão escuro!

Vem o primeiro raio de luz,

Rola a primeira lágrima em meu rosto.

Procuro minhas estrelas – as duas que brilham só para mim.

É tarde, sumiram... levando o brilho de teus olhos.

Dia... sei que procura pela noite, e que não consegue encontra-la.

Mas precisa fazer minhas estrelas sumirem?

Precisa mesmo apagar o carinho que ela me manda pelas estrelas?

Sou vazio sem ela dia, sinto o frio de estar só.

A luz me incomoda, fecho os olhos, sinto o sol em meu rosto, e ouço:

“Sei que esquento teu corpo, mas não aqueço teu coração,

mas me escute.

Se te tiro duas estrelas agora, te trago logo a tarde,

e ela te anunciará a volta de tuas estrelas, que a noite,

o amor que de mim foge, trará.

Você Marcos, mesmo na dor do amor que contigo agora não

pode estar, consegue ter a minha noite, e ela te traz o brilho

dos olhos de teu amor no brilho das estrelas.

Já eu... nem o brilho de estrelas posso ter.”

Balbueno

26/01/2008

Balbueno
Enviado por Balbueno em 27/01/2008
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