MUITO ALÉM DO SILÊNCIO
Nunca me dei com o silêncio; aquele silêncio
A desfilar por mim com as cordas estouradas
Velas esfarrapadas... e a alma em átrio estanque.
Move-me uma aflição abrupta
Rompe-se com o rompante que paralisa a dor
Sem a rusga e com a expressão do ninar.
A total e harmoniosa aplasia
Esta fonte indecorosa de mudez, a insolvência
Pelas cristas dos galos alvos a lhe calcar um nó.
Munido de olor gratuito e sagaz inexorabilidade
Janta o protesto sobre a riba do palanque; instante
Em que me aquieto e me coloco a cantarolar...
Declarada a eterna guerra entre a vida e a morte.