MUITO ALÉM DO SILÊNCIO

Nunca me dei com o silêncio; aquele silêncio

A desfilar por mim com as cordas estouradas

Velas esfarrapadas... e a alma em átrio estanque.

Move-me uma aflição abrupta

Rompe-se com o rompante que paralisa a dor

Sem a rusga e com a expressão do ninar.

A total e harmoniosa aplasia

Esta fonte indecorosa de mudez, a insolvência

Pelas cristas dos galos alvos a lhe calcar um nó.

Munido de olor gratuito e sagaz inexorabilidade

Janta o protesto sobre a riba do palanque; instante

Em que me aquieto e me coloco a cantarolar...

Declarada a eterna guerra entre a vida e a morte.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 29/01/2008
Reeditado em 24/04/2008
Código do texto: T838132
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