DOSSIÊ - SEGUNDA PARTE.

Dossiê, assim é que se chama o meu intento. Deixar, de certo modo eternizado, na escrita, especialmente para ti, meus sentimentos, por ti, e a narração do teu desenvolver:

Diário seria os relatos do teu cotidiano, devidamente registrados, mas, para tanto não tenho como fazer isso, o Sr. Tempo não me dá oportunidade.

Tu não sabes, ainda, dos conceitos e definições da vida e daquilo que nela há. Não obstante, começam a ti, a ensinar as mais varias noções; de pesos e medidas, volume, grafia, ritmo, elegância, respeito, valores...

Brincando contigo te apresentam as cores, que por certo, aquarelam os teus sonhos infantis -, lindo é te ver sorrir quando te encontras dormindo, sonhas, seguramente, estás sorrindo a sonhar -. Desculpa-me, por de vez em quando, te vigiar em quanto dormes, e desperto se faz necessário, as vigílias, pelos perigos que cercam as semeaduras, minha linda sementinha. Um dia compreenderas.

Sorriso e lágrimas foram os teus primeiros instrumentos na comunicação, balbuciaste por um tempo, mas, prontamente aprendeste a dizer sim e não, daí ao avanço notável para te fazer-te entender, um pulo, espetacular.

Muito freqüente para conseguires mais rápido teus objetivos ou para te defenderes ages como um chorão, horrorosa realidade, seu chorão “profissional” nem parece que choras nessas horas, na verdade gritas; parece que berras, igualando-te um cabrito desmamado -, seu cabritinho.

Porém, e sem embargos já te comunicas, perfeitamente, em alto e bom tom; quando algo te agrada ou não. Expressa-te firme, concludente e sabes até imperar; enchendo-me a alegria ao ver-te falar. E meu riso, esse, se estende de um ouvido ao outro, quando tu intentas em outras línguas cantar.