DOSSIÊ - QUARTA PARTE.

O medo é um bicho danado que chega bem de mansinho, nos espreitando e nos fazendo tremer, agente olha à direita, para o outro lado, pra frente, pra trás - às vezes, visto que a coragem da gente sorrateiramente se afasta nesses momentos angustiantes. Ele até parece que em certas ocasiões nos vai vencer, ficamos, verdes, brancos, vermelhos e paralisados. E quando nos faz correr, corremos como o tempo, velozmente; pula-se de alturas, salta-se grandes obstáculos sem saber depois como fomos capazes, é uma coisa inacreditável. Se a gente deixar o medo vai tomando tamanho. O remédio então é enfrentá-lo preenchendo o que está vazio, iluminando o escuro, produzir para o próprio benéficio e já que se está com a mão na massa para os outros, também -, é prazeroso e engrandece -. Desviando desse modo a nossa atenção do medo. E, aí, então, quando a gente se dá conta do quanto a gente fez e aprendeu com o exercício do conhecer vê então que o medo é de verdade coisa pequena. Criado pelo desconhecimento, sendo amadrinhado pela preguiça, brincando com o desleixo noite e dia. Sútil vai nos intuindo com um certo “deixa esse negocio de conhecer, pra depois; aprender gasta o juízo. Quer por acaso virar cabeção?” Mas, tudo isso é balela. Posso seguramente deixar para ti uma boa receita para o medo afugentar: Um bocado de atenção, autodisciplina, a toda hora, e estudo, conhecimento e assemelhados.

Entretanto, dependente de uma lei natural toda gente tem que seguir, com o sem medo, umas a passos largos, outras passo a passo; aprendendo, errando, acertando, parando aqui e a li, porém, obedientes ao Progresso jamais retrogradam. Bem, essa é a rotina do ser adulto, o que tu serás daqui a algum tempo.

Por enquanto Sementinha te encontras num estado estupendo chamam-no, Infância!