AS BRUXAS FEDEM
Inda assim, prefiro as bruxas
Verdes, prásinas ou em colméias
A me serem opostas pela escassez de sonhos.
Inda assim, prefiro os tolos
Que, cheio de sonhos, cheiram
Às raízes estuporadas, latem.
Inda assim, prefiro os atores
Com os cantos atrozes em demasia
Cativam olhares, céus e purpurina.
Sou pouco neste mundo desviado
A me caçoar em andar – e em arfar – impoluto
A me manter nas esquinas, e de olhos cerrados.
Ser-me-iam cruéis se não me fossem quadrinhos
Se, por entre minas e calores, gozassem dois tédios
Não os teriam em lado meu, nem um pouquinho.
Inda que me fossem calçadas
Matando a inflorescência da vida
Inda assim, ir-me-iam escolher os olores.