"A tapioca da mãezinha"
A Tapioca da mãezinha tem mais sabor, mais sustância; faz do adulto uma criança, da miséria a bonança. Não permite remorso, mas nos conduzem ao ócio provisório.
Da fadiga, proveniente da gula, rendem-se os corpos à cama bolandeira. Ah, mãezinha, quantos não a queria como tal: afetuosa, senhora das mãos de fada.
A Dona Beja, que da janela mal vista, espreita: “vadiozinhos! Só pensam em festar”. Mas o outro a vê, desejando estar, bem ali no meio, a devorar as Tapiocas, e deitar de tanto rir.
Crazy na tela, “loucos” na janela: Éramos três na cama bolandeira: um a rir dos enganos do outro. Riscos? Nenhum! Nosso amor é fraternal, consumado pela Tapioca da minha querida Mãezinha.
A madrugada que chega, o sono que boceja. É hora de ir pra casa, enfeitando a nossa estada com os risos de Mãezinha.
Vou-me embora sem demora! É do outro lado da cidade, onde ainda o tempo aflora, que encostarei minha caipora sonolência e desatinarei sem conseqüência.
Pensando num repente, fiz sadio o doente; e que agora canta contente esta prosa diferente.
Tem sabor de Tapioca esta prosa! Se você duvidar, pode até “provar”; encantado há de ficar!
•05/02/2008: Tapioca na casa do Clemilson (Amigo-Irmão)
•Mãezinha: Mãe do Clemilson
•Crazy: “O filme”
•Amizade: Anita, Fábio e Clemilson.