Triste...
Será que te imaginei? Cega te idealizei?
Estou prestes então a ver, que o real não me cabe
Que minha alma nem sabe mais distinguir o que é bom?
Seria devaneio, loucura ou carência
Esta escolha que me faz sentir um vazio
Um tanto deprimida, me sinto até em demência
E sem sonhos, não sei caminhar, vendo detalhes
Sou só rotina, um caminhar errante
Quem me dera saber, quem me dera sumir
Meu coração dolorido, tachado, quase a partir
Porem se mantém, fingindo estar inteiro
Sem alcançar pequenos zelos de alguém que nada é
Que parece nem querer ser (para mim?)
E o mundo perde a cor, não há chuva ou sol
Sou incompetência no que faço
Pois o que sinto é um escasso desejo de seguir
Quem sabe ate quanto suporto, esqueci como é voar
Quero ir de volta para meu lar, de poeta sem amor
Pois na ilusão da espera, otimista ainda era
Meu jeito de olhar, mas iludida sou monótona
Sem musica, sem rota, sou melodia que não encanta
Sou estática, quase planta, mas nem o vento tem me movido
Em meu errante e sofrido, tentar fugir do que me prende
Que as vezes me acende, mas que não me faz sorrir a noite
Antes de dormir....