NOJO
Os chocalhos
Chocalhos!
Vagam por estratos, luzes e lampejos
A começar por mim
Medo do qual sou ventríloquo.
Últimos versos parcimoniosos
Navegam sobre a ética sacra e amanteigada
Da cor do atum, perfume: tolueno
Enquanto quedes terras saem da boca morta
Miséria em vivência pouca não combina.
Mas, li!
Naqueles olhos de pedras, vazios demais
Não os tenho em estradas, nem os reconheceria
Só se fossem minhas filhas com pérolas em colar
Aliterando plenas vozes cerradas em olor cítrico.
Meu raso infindo lado crítico se foi com a idade
Em meio aos dias que deixei de gritar
Por estar com rugas em regiões hemisféricas
Por trocar o bife a sangrar pelo rabanete leproso
Quanta perda! Quanto nojo!
Agora, lamento aos seus semelhantes
No jogo de damas, em praça pútrida
Com moleira corada e cara de tacho
Dali, um despacho (velas, parati e um crucifixo)...
A galinha? Foi-se!