SEM RASTRO

Andando pelo chão, descalço

Sujo os meus pés de lama

Piso na grama verde

Destruindo a natureza

Sinto o calor ardente

Queimando as minhas veias

Contemplo bem baixinho

Não ficando nem um rastro

Esfrego os pés nas pisadas

Para que marcas não fiquem

Esforço-me na madrugada

Num belo luar,

A sonhar,

Refletindo com as estrelas

Nos lugares que já andei

Agradeço muito

Ao meu astro e confesso

Que do meu rastro

Vou me esconder.

borgesmilagres
Enviado por borgesmilagres em 16/03/2008
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