SEM RASTRO
Andando pelo chão, descalço
Sujo os meus pés de lama
Piso na grama verde
Destruindo a natureza
Sinto o calor ardente
Queimando as minhas veias
Contemplo bem baixinho
Não ficando nem um rastro
Esfrego os pés nas pisadas
Para que marcas não fiquem
Esforço-me na madrugada
Num belo luar,
A sonhar,
Refletindo com as estrelas
Nos lugares que já andei
Agradeço muito
Ao meu astro e confesso
Que do meu rastro
Vou me esconder.