A essência da mudança

O homem industrializou o tempo, cortando em fatias na tentativa de acompanhar o ciclo das estações. Dosando os lapsos do senhor mais abstrato, nas sombras de uma prisão sem margens.

Diante da correria do mundo contemporânea, trazendo sempre os avanços da tecnologia, o tempo parece cada vez menor. Contrapondo o fato de termos um limite na ocupação desse território de medidas somadas e subtraídas nas fórmulas da eternidade.

Mas o que é o tempo?

Será simplesmente um momento que se refere à realização de um ato?

O tempo é uma roda viva ou uma linha reta que nunca pára. É a propriedade essencial da mudança. A propriedade da vida que compõe as matérias do movimento mesmo estático.

Hoje industrializado, o tempo consome rapidamente o espaço da existência humana. Desde que o mundo passou a ser controlado pelos relógios; o registro mais concreto do tempo, seus habilitantes são obrigados á moldar-se as exigências do tempo imediato, controlando por meio do relógio até as migalhas do segundo.

Na verdade por mais que tentem controla-lo o máximo que podem fazer é calcular as somas das horas. E num sistema fechado virado pra nossas próprias certezas não nos demos conta das mudanças e quando estamos com dores por toda a alma não somos capazes de reconhecer que fomos negligentes ao tempo que nos foi imposto ou concedido então miramos nossas culpas na diluição do tempo. Mas, culpá-lo ou não nunca o trará de volta.

Porque respeitar o tempo é ouvi-lo mesmo tendo os ouvidos do subjetivismo moucos, é aprender a enxergá-lo nas curvas mais profundas da escuridão.

Jane: - o amor nunca acaba...