AMOR CIGANO, AMOR HOMEM/MULHER, NADA ALÉM

Evaldo da Veiga


Eu te encontrei na vida, nesta vida comum,
nesta vida de todos.
Teu vestido lindo e diferente, parecia fantasia,
assim como a vida que nunca é real, sempre ilusão.

Cigana foi que disseste ser.
Te vi mulher, simplesmente mulher.
Dizem que cobras tributos vagabundos,
não discuto moral.
Somente interessa a sensualidade da tua boca,
os teus olhos que olham muito além desta vida.
Teu jeito desconfiado e confiante...
Eu não acredito em certeza comentada,
somente na realidade dos teus olhos que dizem.
com o brilho das estrelas.

Não és pura, mas invades as paragens do divino,
Isso é amar, em amor de dimensões...
Teu olhar fala sorrindo, em seriedade calma,
de meiguice e ternura

Não importa o que virá eis quero o agora,
de simplicidade confiante.
Que o depois venha ao seu tempo,
Apoiando-se nesse nosso alicerce de desejo e fé.

Inútil saber do destino ou da sorte,
O acontecimento virá, ele vem sempre.
Vamos caminhar no caminho de obstáculo,
eis que a vida não dá moleza...
Mas onde existe amor, mudos dizem e se entendem.

Lindo dizer querida em um silêncio que conforta e acaricia,
desfazendo o mistério e tornando a vida bem mais segredo.
Do mistério do amanhã dizendo que hoje tem vida.

Pegaste minha mão com carinho, e teus olhos leu nos meus: - te amo.

Falamos com as mãos, com o sorriso, com os olhos,
e os gemidos e sussurros, também dizem por nós.

evaldodaveiga@yahoo.com.br