a barriga da mágoa

deslumbra um peixe perfumado do arroz, todo, das índias

não digas palavras, dança ao teu som

esventra essa carne branca, serve as espinhas macias do sal

sorve, a conta-gotas, o azeite próprio do mar

repara no sol que se come

na luz que surge

cabeça na água, comes o resto e deixas a barriga da mágoa.

são marcos (junho de 2004)

Nuno Trinta de Sá
Enviado por Nuno Trinta de Sá em 28/12/2005
Código do texto: T91264