diário secreto de um vagabundo
guerrilheiro da areia, o café foi de férias, os olhares trocam cinismos;
e, nessa tarde, recordei, assustado, as coincidências
da intuição:
depois da guerra da tribo, podermos usufruir do cheiro
das azedas.
somos ilha aérea em solo de barro, grãos de células, vegetais, sonhos;
eles, a sedas italianas e prazeres de leste vários,
não conseguem arrotar no passeio das viúvas, brócolos vedados a molho branco, soja e frustração.
somos tambores e hi-fi sofisticado, alquimia dos bill gates da renúncia. e: pedaços de carne, suja, viva de sangue
e vermelho, doenças, drogas variadas e maleitas no olhar (queimado das gravatas pirosas).
fugimos de polícias e de cartões e de entidades,
mas não discutimos a beleza do que se anuncia
(em partículas de viagem). há alentejos por descobrir
no vaivém dos andarilhos, terminámos a tarde a olhar dentro
e anunciámos a rua das árvores novas.
são marcos (1 de agosto de 2001)