as horas e o mosto

bebi o mosto da tua viagem, enquanto glandes sorriam, obscenas.

então, nessa fuga que fizemos através dos braços,

descobrimos a certa terminação das ilhargas.

quando o teu corpo se dobra em chamas,

já não reduzimos no semáforo.

e só acordamos num hostal de denises.

é que a viagem começa no vilão do vinho.

e nos teus quadris,

que

ardiam

as horas

e o mosto.

campo de ourique e são marcos (25 de outubro de 2001)

Nuno Trinta de Sá
Enviado por Nuno Trinta de Sá em 28/12/2005
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