as horas e o mosto
bebi o mosto da tua viagem, enquanto glandes sorriam, obscenas.
então, nessa fuga que fizemos através dos braços,
descobrimos a certa terminação das ilhargas.
quando o teu corpo se dobra em chamas,
já não reduzimos no semáforo.
e só acordamos num hostal de denises.
é que a viagem começa no vilão do vinho.
e nos teus quadris,
que
ardiam
as horas
e o mosto.
campo de ourique e são marcos (25 de outubro de 2001)