BRINCANDO DE AMAR

Evaldo da Veiga

Começou assim: numa brincadeira,
de olhar sem piscar, e também sem sorrir.
Como é bom brincar!
Da brincadeira pode vir o amor. 

Tudo começou de um faz de conta
sem segunda intenção,
mas o coração tece suas teias.
E agora, vamos brincar de quê?
Nela um sorriso, era momento de sorrir...
Fascinação, um sonho envolto
na mais linda realidade.

Olhar e sentir o perfume natural do corpo...
Tocar... Ah o toque, movimento de vida....
Somente o toque permite belas sensações:
ingênuas e lascivas, lindamente despudoradas. 

Não se sabe tocar um instrumento, uma pena.
Não saber tocar o corpo de uma mulher, pecado mortal.
Quando se toca o corpo da mulher,
os Anjos se comovem e fazem uma pausa,
desejando que o tempo pare nesse momento.

Mas o tempo segue, é de sua essência seguir.
Sonhos com as mais lindas cores,
lábios entreabertos, sorrindo, convite ao amor.
Boca sedutora, como que somente ali,
existisse alimento imprescindível ao corpo e a alma.
 
Felicidade mora em todo lugar,
tem que ter jeito para encontrar.
Felicidade aqui e agora, basta sonhar.
Porém dos sonhos, por mais singular,
fica deles uma lembrança, somente, nada além...
Sonhar sempre, é preciso sonhar!...


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