Segunda Feira!
No sítio dou vazão...
Às minhas raízes!
Ouço da minha alma,
os apelos!
Ali tenho momentos felizes!
Meu boné e meus chinelos!
Meus quatro cães,
por sinuelos!
Andanças costumeiras!
Sem ser caçadora...
Nem caça!
Estigma de sonhadora!
Sem eira nem beira...
Passeei entre as acácias!
Morna segunda feira!
Estridentes cantos de cigarras,
orquestravam a manhã...
Cadenciando os meus passos!
Um estalo, um segundo!
Estou dentro...
É meu pedaço de mundo!
Projeto-me no tempo... À frente!
E sombras me vejo!
Entre outras tais!
Citadina foi ser somente,
em meu corpo físico!
Meu ser, minha alma, meu desejo!
Em meu canto lírico...
Serei o eco dos temporais!
Vagarei depois do tempo!
Entre tantas manhãs iguais!
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27/03/2008