Versos de moça, boneca de louça....

De onde vem, oh versos ferozes!

Como prender ou libertar?

Sou morada de algo que não eu?

Há em mim românticos prestes a matar?

Onde cabe a doçura de mil sorrisos?

Como expressar a loucura do sonhar?

Se vôo, sem asas em meio ao irreal

Se me mata a finitude que teima em se achar imortal!

Ah tristeza, moléstia da incerteza

Medo de cada passo, de sair do compasso

De canção indefinida, embriagada, saudosa vida

Onde esconder de minha face, há sempre um espelho que grita

Onde escondo da consciência que sussurra conselhos

Que dita mas não ameniza anseios

Inexatidão, encaixe ilusório, compaixão

Pena, misericórdia, justiça, luta discórdia

E o relógio girando sem pressa

Terminando tudo, o que começa

Beleza sem verdade, riso da vaidade

Lagrima no canto dos olhos, emoção sem fidelidade

Ousando me dizer louca transpirando sanidade

Buscando o “sem nome” e chamando de verdade

Cabe o consolo de uma abraço?

Cabe a lascívia de um “amasso”?

Cabe na serenidade a paixão?

Cabe no ideal, a realidade tocada na emoção?

T Sophie
Enviado por T Sophie em 02/04/2008
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