Luz da Inspiração Entrelaçada

O amor é o ouro sem os cascalhos da bateia. 
Quem o percebe parece ter em si o código genético de outras dimensões, manifesta-se em tridimensões, e por isso mesmo, é tão procurado e tão confundido.

Inicialmente deve ser vivido sozinho, é experiência - uno, um aprendizado, é necessário estar exposto e preparado, aparece entre as flores, está no mar, nas estrelas, na lua, no sol, nas matas, nas nuvens, no céu, no vento, na terra, no fogo, vem da percepção, deve ser promotor da mais simples alegria, do mais sutil toque de felicidade.

O amor está no encontro, na verdade, na caridade, na fraternidade, na amizade, no sorriso sincero, na disponibilidade para o outro, na espiritualidade da própria vida, no beijo e no abraço que tem identidade. O amor é uma fonte que não cessa.

Mas na sua concretude, o amor é expresso de formas singelas e singulares: uma sopa quentinha vem repleta dele, por isso parece uma invenção de Deus para desinventar a dor, sopinhas são sinônimos de carinho e tratamento, de cuidado e acalento. Quem, em que tempo, deixou de precisar disso? Nem o maior auto-suficiente do universo, nem o prêmio nobel do altruísmo ou o supra sumo do derrotismo.

Toda amargura é provisória porque tem caráter existencial, tem leitura emocional, é passível de modificação.Amargura vem de alguma insatisfação que ainda não está resolvida dentro de nós. Perdemos horas, angustiados, dando asas às nossas fantasias, com pensamentos pessimistas e negativos, levando para nossos sonhos, a punição ao descanso, por isso temos pesadelos e um dormir agoniado.

Angústias e medos são criados por nós mesmos. Só há angústia quando existe o apego. O desapego elimina o sofrimento que a materialidade da vida nos impõe. Jamais podemos esquecer, que mesmo quando duas pessoas que se amam, se separam, é possível encontrar, ainda assim, formas de continuar em fidelidade: há lugares que jamais voltaria sem que aquela pessoa estivesse ao meu lado...

Nenhum ser vivo sobrevive sem amor. O amor salva, a amor nutre, zela, o amor torna-se para sempre indispensável, o amor serena, identifica as almas afins, justifica, credencia, perdoa e acredita, o amor nunca finda, renasce eternamente.

O amor deve ser a grande epidemia da humanidade, mas sem os cascalhos da bateia. O amor que é o ouro guardado quando do encontro das almas sensíveis. Só aí merece ser partilhado, somado, multiplicado, ampliado, expandido...

Com uma pessoa, com um grupo, com toda a humanidade? Questão de escolha, questão de se saber dentro do espaço, do tempo e da função que ocupa no planeta.

O sonho do amor é ser concreto.O amor é cumplicidade sem nome, cabe em qualquer modelo de afetividade, não tem rótulo nem legenda, seu partido é ele mesmo em toda sua excelência.

Amor é vida, portanto, não morre com chuva miúda, bem ao seu lado, tem a LUZ da Inspiração Entrelaçada. Obrigada!
Márcia Beatriz Prema
Enviado por Márcia Beatriz Prema em 07/04/2008
Código do texto: T934609
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