ESTRO EM CORPO NU - IMPOSSIBILIDADES SUBLIMINARES

Estaca, expectorada flor de corte

A conter azulada mancha e prásina dum momento rugoso

Automação revelada, contorno da estrada e uma só orgia.

Lanceolada sarna, dupla impetração

Sapeando com micélios e hifas, entranhas disfarçadas

Processo abortivo, chá que a planta embebe, seiva pela sucção.

Aos vinte e oitos graus, idade de agitar bandeira

Ardência liberta e passiva, ogiva em clímax

Na mira, reles casinha de bambu.

À hora dum olhar escuso e vil

Segredo a ver barquinhos mil

E latidos a lamber os trilhos...

Só sendo humano!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 08/04/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T937192
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