SONO INGRATO

No limiar da cefaléia

Trouxas e trouxas de verdade

Fonte apelativa, imagem

Comendo por fora, reunindo

Abrindo bocarra, prensando

Casando com a dor, dançando

Tirando para lanchar

Brecando conversa, ontem

Suspenso e hibernando, o morcego

No espeto donde urram lendas

Grita, canta, geme e brami

O pecado à sala de estar, aventa

Reinventando o tédio ante a cara fosca

Grita, conta uma história sacra

Geme, treme e fremi diante do espelho

Chora, escuta, baba, nada

Lambe a justiça, regurgita

Briga, caça, lança e arrebata

No limiar da hora boa, adormece.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 09/04/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T938304
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