DISPERSÃO

Novamente, ei-me a lhe convocar a atenção

São móveis dunas esta mania de egocentrismo

Por um dia, até acho engraçado.

Escute cá minhas histórias pirotécnicas

Ouvistes algum estrondo? Não!

Então, falar-lhe-ei de tragédias e de dor.

Interessas-lhe?

Se lhe encontras afrouxada em meios de cirrose, troquemos

Irei tentar amolgar a tampa da caçarola a lhe trazer o amor...

Hã!

Se, na cadeira nem remexeste para o lado, esqueça.

Tentaremos a política, a astronomia, a liturgia

Às vezes, goles culturais nos livram do tédio

Contudo, haverá de ter assunto a move-la à vida...

Hum... Sei!

Dir-lhe-ei que notável ídolo da música descerá, hoje, em sua urbe

Quem quiser, pode se aproximar...

Não?

É, já vi

Tem noites engolidas pela vida em que as horas se remontam

Os olhares dissuadem-se e as “coisinhas” desabam do trono.

Já passa da meia-noite

Deixo sua atenção a esmo, em confortável espuma

Pois, como eu havia dito:

Por um dia, até acho engraçado.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/04/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T948543
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.