POETAS DO GERÚNDIO
Lenta roda, retidão
Minha asa já não tem solução
Com curativo, galho e açafrão
Alimento que não se leva ao chão
No espeto, empalado coração.
Ora, então, simpática letargia
Nem de noite nem de dia
Se bissexto, boa coisa não daria
Acenda um fogo, derreta o gelo (“acabou o pão!”)
Vá à padaria.
À busca da compreensão, cheguei, então
Que os malditos “poetas” rimam (“ah, não!”)
Rol com anzol, ração com podridão
Querendo o verso, escapar de roldão
Mesmo sendo quebrado ao fim da orgia.
[Perdoem-me pela exacerbada franqueza].