POETAS DO GERÚNDIO

Lenta roda, retidão

Minha asa já não tem solução

Com curativo, galho e açafrão

Alimento que não se leva ao chão

No espeto, empalado coração.

Ora, então, simpática letargia

Nem de noite nem de dia

Se bissexto, boa coisa não daria

Acenda um fogo, derreta o gelo (“acabou o pão!”)

Vá à padaria.

À busca da compreensão, cheguei, então

Que os malditos “poetas” rimam (“ah, não!”)

Rol com anzol, ração com podridão

Querendo o verso, escapar de roldão

Mesmo sendo quebrado ao fim da orgia.

[Perdoem-me pela exacerbada franqueza].

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/04/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T949050
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