Angel-ainda confuso

É por tudo isso que se apresenta em minha frente, que eu ainda prefiro ser errante, e não ter meus caminhos tão bem delimitados. Até mesmo prescindir de vírgulas e pontuações cansativas e cheias de regras fazem a vida ser menos um fardo e mais um sopro.

E é por esse mesmo desejo de liberdade traiçoeiro, que estando a arma em minhas mãos aponto para a cabeça do meu interlocutor. Quanto desse olhar indefinido e perigoso, ainda assassinará minha alma?

Nessa casa que não tem dois lados, nesses verbos todos inúteis, com vários lados, só se pode tirar uma mísera e doída conclusão: não se mata o que não se pode ver, mesmo que o invisível tenha um nome.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 22/04/2008
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