UMA FORÇA DA MENTE INEQUÍVOCA

Remanescentes evidências do inevitável porvir.

Existimos para quê existamos, não vedemos os anonimatos:

Nascemos, reproduzimo-nos e morreremos

Mas por enquanto estamos aqui tentando

Estamos sendo

Comendo, bebendo, amando, existindo.

Praticando os verbos com sentimento

Vomitando os pensamentos, que é pra desintoxicar o organismo

Estamos tentando, levando, empurrando, respingando

Escrevendo

Estamos definitivamente querendo

E querer é hodiernamente poder!

Ah! a força da mente, isso é a gente

Como em um vale e navegante litisconsórcio obrigatório.

É lei! No cerne.

Perdendo carne e desvestindo a carcaça

Transgredindo e regredindo o símbolo-mor de nossa época

O que nos faz feliz e o que nos permite ser.

É isto, tudo aquilo apreendido sobre estética e etimologia.

E eu sigo correndo meus olhos por esse fantástico mundo

Onde tudo perderá a graça do impossível

Mas surgirão outras graças, planto este pé de certeza,

Florescido, que o lembrar de nós é conseqüência de um anterior esquecer-se de nós

E a minha mente, inequívoca mente

Detém a força do processo criativo!

Portanto, façamos o necessário para que não nos lembremos.

Já que, do contrário, teríamos nos esquecido.

E ponto final.

Kadja Ravena
Enviado por Kadja Ravena em 23/04/2008
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T959054
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