AI DE MIM
Em meandros, pulha que sou
Solapada mente com medo de tudo
Prostrada no escuro – tento-me olvidar
Um segredo que outrora domina
E traz a rima da atitude nefasta; rogo às pragas inclusas
Em meu arcabouço rasteiro, quiçá desprovido de mares, de cinzas.
Não posso ousar em sete bares
Sou fraco tal lamparina que apaga com o tento
Às margens duma roça sem pascigo, eu como, durmo e me enlameio
Meu fórceps abre a alma no conclave sinistro da dor
Não há memória, só ardor
De viés, espreita o condor dos ares – meu mais encíclico amigo – tem-me.
Por causas e falésias destampadas, amolgo
Dou rastro ao limo séquido e respingado duma nobre existência
O almirante parecido e mancomunado com a escada
Abóbada de luz, resquício de esplendor
Meu nome, minhas alcunhas, meu sofrimento em dorna de flor
Pecado ao ponto de ebulição do álcool, voltado pra mim.