O MAIS ESPETACULAR DOS AMORES - AS ENTRELINHAS COMO DIVÃ

Epopéia

Vida em sopro, rosa descabelada – pascigo se deita

A me iludir pela manhã de pêssego, no norte da ida

Traga-me a infância dos versos, por trás da sombra.

Entre os morros da impolidez macabra: um ser

Mordendo o prazer de estar num breve sussurrar

A esmorecer durante, a estuporar

Minhas pontes de requeijão, que, de tão ledas, acanham-se.

Todos os passos dos olhos na calçada

São tonéis amargos nas cordas do meu violino

Da alça donde se dependuram tolices, às pencas

Clamores me invadem; a se recuperarem na volta.

Há dois dedos da náusea... Palmas à beatitude!

Nem que tivesse de ir, novamente, com toda a carga no alforje

Com lendas e relicários ao longo do cano da espingarda

Inda assim, valeria a pena; inda assim, eu iria...

Mais uma vez.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 05/05/2008
Reeditado em 05/05/2008
Código do texto: T976192
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