"Mote ao poeta"

Não procurei outros afagos para supri a ausência daquele que, outrora me fez única!

Não esperarei palavras suas, nem tampouco gestos; apenas lhe darei o tempo necessário: desde que este seja também o meu.

E se este tempo, que hoje jaz presente, for o passado do amanhã porvir, lamentarei, apenas!

Do riso que ontem foi constante, hoje é ausente. As lágrimas que vertem incessantemente serão as mesmas que banharão a saudade corrente, e por elas – sagradas purificadoras d’alma – louvarão a inspiração favorecida.

E, seremos, relembrados nas linhas lidas, acolhidas e enfim: compreendidas.