A LEI ORA A LEI

São muitos, e a cidade afogada em delitos

Edifícios, favelas, botecos infectos

É nóis na fita! Repita! É nóis na fita!

Há sangue escorrendo por guias, sarjetas

Misturam-se aos dejetos as letras da lei

Magistrados vagueiam traficando as togas

Justiça barata, a preço de custo

Dois estupros valem um assassinato

O impune que mata e vai almoçar

Se matar criancinha ainda tem um desconto

Executa o primeiro, sem ter um motivo

Trucida o segundo pela mesma razão