Alice no País dos Espelhos - AlicEcilA

Alice (A) conversa com o reflexo Ecila (E) no espelho:

(A) – São tantos mundos que adentro, mas este é realmente esquisito, aqui quando sou gentil, prestativa, amorosa, embasada na verdade, o retorno, em grande parte, é: pisarem em cima como uma linda e frágil flor não percebida no apressado e obstinado passo dos transeuntes; não prestam atenção além do raio de seus ensimesmamados pensamentos e por isso desrespeitam e matam outras delicadas flores nascidas no jardim do coração. Acreditam que ser bom é ser fraco, tolo; ser correto então, hummmm, uma idiotice total... Quando visto a roupa de diaba e até dou uns coices, me respeitam, temem e até se curvam a minha passagem. Por quê?

(E) – Porque aqui o prestígio maior é ao demônio e suas leis. Mas lembre-se, o mal não existe como fonte, ele tão somente é um PRODUTO da ignorância e principalmente da ausência da inteligência do Amor.

(A) – Encontrei alguns que não são assim, poucos e outros que PARECIAM não ser assim... fico meio confusa com isso...

(E) – Bom, os que não são mais assim, são os buscadores, com a força do guerreiro da luz buscam a si mesmos, sem deixar de prestar atenção no caminho e aqueles que surgem ao seu lado, estão no processo de se tornarem estrelas únicas, não precisam mais imitar, inclusive imitar sem o senso crítico do certo e errado de acoro com a ética da própria alma, pois não conseguem sequer ouví-la, até questionam a sua existência; uma vez findo o caminho dos buscadores, estes compreendem qual seu contexto no universo, assim como sua função que nunca é mais ou menos importante que qualquer outra estrela única.

(E) – Os que confundem o nosso reconhecimento, são os fronteiriços, estes são bem perigosos, porque parecem estar mais adiante no caminho, e ao confundir, nos entregamos em confiança e acabamos com o coração sangrando com profundas feridas que demoram a serem curadas, mas elas sempre saram!

(A) – Às vezes me pergunto se é sábio com tudo concordar...

(E) – Não, mas é necessária a compreensão de que determinadas mentes não conseguem ver nada diferente do que estão vendo naquele momento, estão como que usando viseiras que só permitem ver num ângulo bastante restrito, enquanto estas mentes não retirarem a viseira, será perda de energia mostrar paisagens que vão além do alcance de sua visão, é sábio se calar e seguir caminho.

(A) – Hummmmm ... Vou ajustar o meu caminhar neste mundo esquisito a explorar, para que eu mesma não coloque pedras no meu caminho...

PS.: Diálogo inspirado em conversas com minha irmã (por opção) Lady Laura.

Susie Sun
Enviado por Susie Sun em 12/05/2008
Código do texto: T985726
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