Por quê?

Por quê?

Por que ligar a televisão aquela hora?

E ao rodar os canais achar um filme

(mesmo não sendo aquele)

Lembrei de você!

Por quê?

Bateu uma incerteza

O filme tinha acabado de começar

Não tinha opção

resolvi parar pra ver

Como o ser humano é bobo

(acho que mulheres principalmente)

Ligadas demais aos sentimentos

A impressão que fica é a que gostam de sofrer

Busquei no armário o doce..

Enquanto o filme passava pensava em você

Entre uma propaganda e outra me emocionei

Por quê?

Esses versos não são como os outros que escrevi?

Os outros passaram por mim sem saliva

Algo como um “gostar platônico”, mas você...

Beijei algumas vezes

E mesmo que casualmente, ao acaso, gostei

Por quê?

Por que não poderia ser com você como foi com os anteriores?

Gostar num dia e no outro aceitar os fatos

Mas você... com você não foi gostar inocente

Aquele gostar puro de criança

Ou se não o gostar adolescente

que confunde beleza com sentimento

Com você foi algo mais

(mesmo algo mais soando clichê)

Não me arrependi de assistir o filme

(eu gosto dele)

Só escrevo porque quis você perto

Quando olhei pro lado

Você está longe

Ligar não resolveria

Tão longe hoje...

Você está sem telefone

(ou se tem não tenho o número)

Por quê?

Você não é um rostinho bonito

(ou tem aquele corpo)

Ao invés de não ter nada disso

e ser o homem que me interessa

Um homem que não to conseguindo descrever agora

Mesmo que dentro da memória

O homem que me faz querer ser mulher

Por quê?

Escrevi mais do que podia

Mas escrevi o que escrevi

Definido, sem esperar! È inteligente

Por quê?

Delázari
Enviado por Delázari em 12/05/2008
Reeditado em 12/05/2008
Código do texto: T986170