Quadrinhas II

Boca d’Inferno, o baiano

Não poupou a seu ninguém

Falava mal do magano

E do poderoso também

***

Não impeça a poesia

De dizer o que bem quer

Ela é luz que alumia

Não sem motivo é mulher

***

Vinícius, poetinha

Comia todas que via

Mulherengo carteirinha

Vivo fosse me comia

***

Augusto, amigo da morte

Vou te encontrar no monturo

Pra gente tirar na sorte

Quem o defunto mais duro

***

Se morreu, não sinto pena

Eu não rezo nem imploro

Levo uma flor d’açucena

Faço de conta que choro

***

D’outra vida eu já bem sei

Anjo algum pense que enrola

Eu quero é nascer um rei

Rei do futebol, da bola

taniameneses
Enviado por taniameneses em 26/12/2011
Reeditado em 26/12/2011
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