Esse povo que passa e que a gente vê que é a gente mesmo.
A gente quer sempre saber
verão, primavera, outono.
Vai chover? Solarar?
Florir? Não vai nevar!
Querer, a gente quer!
E quer adivinhar
o que vai correr.
Vai viver, ou enterrar…
A gente precisa! Clama, necessita
– dum ponto a nunca se fazer usar!
Jogo de cartas, cristais em bola,
mil jornais, previsões do tempo.
É tanta precisança que a gente esquece
que a adivinhação nunca permanece,
que a vida tende mesmo é a errar
– já previstos, o surpreender e o findar.