Confusão

Pergunto-me se você possui humanidade

Ou se tem apenas belos olhos castanhos

Seria coincidência a mesma cidade?

Ou seria o acaso nós dois, dois estranhos?

Algumas pessoas têm mais vidas

E me fazem mais um sorriso tolo

Mas não são as músicas bonitas,

Que te levam o choro?

Quantas estrelas aprisionou em si?

Ou será apenas eu que enxergo o céu vazio, sem calor?

Não fazem sentido os livros que li,

Sendo que eles acreditam em amor.

Seres humanos são um reflexo

Do paradoxo do inimaginável brusco

São apenas palavras sem nexo

Que significam seu estado confuso.

Inspira-me músicas, livros, poesias

Inspira-me tantas coisas, que perco-me em mim

Devia agradecer-lhe, então, pelos dias

Que chegaram ao fim.

Não é isso, senão, um poeta nato?

Bons atores, que fingem atuar bem

O sentimento de uma poetisa é forçado, sendo errado

Afirmar o que elas não viveriam sem.

Sara Melo
Enviado por Sara Melo em 08/10/2015
Código do texto: T5408490
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