Toadas no céu

A festa começou com a toada de Humberto

Urrou, urrou! A matraca quer o Carnaval de Trinta

Gullar limpa o sujo salão com o poema mais sincero

Exílio nunca mais! Dias que o diga ao combate da vida

O gemido da Ema anuncia Vale no céu

E anjos o guiam no trem que atravessou o Parnaíba

Onde, no caminho da folia, todos tiram o chapéu

De carona, vai Montello, que leva consigo os tambores da Ilha

"Mermã, que bom te ver", exclamou Arthur a Firmina

Em resposta, um largo sorriso, enquanto entrava Aluísio

Tim-tim! Brindaram os Azevedos com a dama romancista

Na festa do cortiço, lado a lado do divino Dionísio

Machado, que não é de Assis, parecia aziado

Coelho maroca o compadre e fica logo preocupado

Odylo alivia Neto: "É saudade de Frederico"

Papete então resolve: "Veja a bela mocidade do menino"

Nada de prioridade em lista

Dona Teté mandou abolir revista

O choro de Lera toca na pista

E até agora tem festa, acredita?